De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o aumento da elevada mortalidade ocorre devido o diagnóstico tardio.

Especialistas estudiosos da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, arrumaram uma nova forma de tratamento de câncer no pâncreas e, já iniciaram os procedimentos de cura em pessoas com a doença. A análise se trata da combinação de duas drogas que são engolidas oralmente, o mesmo foi divulgado segunda-feira, dia 4 na revista‘Nature Medicine’.

O tratamento atua de duas formas:

As drogas inibem os sintomas irregulares de um gene, o Kras, que acontece em tumores no pâncreas. Os médicos confirmaram que, quando tem uma alteração promove o crescimento e a separação das células naturalmente, por isso o tumor desenvolve.

Os remédios trabalham impedindo o processo de auto destruição das células do tumor. A autofagia é um mecanismo no qual a célula “come” a si mesma para obter energia.

Por entender que esse processo auxilia o tumor crescer, daí o motivo pelo qual as drogas já tinham sido usadas, separadamente, com o intuito de combater o câncer de pâncreas, porém  sem sucesso. Entretanto, os médicos concluíram que, quando ambas são administradas juntas, potencializam o efeito para amortizar os tumores.

Os sintomas de câncer de pâncreas que muitas vezes passam despercebidos

“Nós conseguimos observar que a combinação dessas duas drogas — que, quando usadas individualmente, não têm muito impacto na doença — parece ter um impacto muito potente no crescimento do tumor. Nós observamos isso em culturas de células no laboratório, em modelos com ratos e, agora, em um paciente com câncer de pâncreas — em menos de dois anos. É uma linha do tempo raramente vista na medicina.”, assegurou o pesquisador Martin McMahon, de uma das análises.

Quando o primeiro paciente utilizou a droga, faleceu por não resistir aos sintomas do câncer, porém teve uma melhora durante o tratamento.

“O paciente tinha feito cirurgia e várias doses de quimioterapia antes dessa combinação. Apesar de ter falecido, respondeu de forma notável a essas drogas por vários meses.”, elucidou Conan Kinsey.

Os exames com essas mesmas análises já estão sendo administrados na Universidade do Texas e tem agendamento para acontecer na Universidade da Califórnia em San Francisco e, na Universidade de Columbia, em Nova York.

Cientistas descobrem composto que imobiliza célula do câncer e impede metástase

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o aumento da elevada mortalidade ocorre devido o diagnóstico tardio.

De acordo com Axel Behrens, que promove estudos para análise de câncer e células-tronco no Instituto Francis Crick, em Londres, a detecção tardia acontece por algumas razoes, como a simplicidade da metáfase do câncer, quando não existe sintomas e a ausência de marcadores no sangue, como acontece no câncer de próstata.

“O problema é que, muito frequentemente, no momento do diagnóstico o paciente apresenta metástase. O pâncreas é um órgão muito vascularizado, então é muito fácil para o câncer ir para o fígado, porque existem muitos dutos que levam até lá — e aí há metástase. Além disso, o câncer é, por um longo tempo, assintomático: a pessoa tem o tumor, mas se sente bem. Só quando ele fica muito grande a pessoa começa a se sentir mal e sentir dor. E não existe um marcador diagnóstico que pode ser usado para detectar uma doença assintomática”, esclarece Behrens, que não faz parte da pesquisa.

O Inca não indica que se faça o rastreio rotineiro da doença, pois não existe garantias que ele traga benfeitorias, mas recomenda avaliar algumas alterações como pele amarelada( icterícia) urina escura, cansaço, perda de apetite e peso e dor em abdômen superior e costas.

O estudo na Universidade de Utah foi baseado em outra pesquisa divulgada na segunda-feira, na mesma revista. Cientistas da Universidade da Carolina do Norte concluíram os mesmo resultados sobre a função do gene Kras e da autografia no desenvolvimento do adenocarcinoma, uma qualidade mais frequente de câncer do pâncreas.

Inicialmente, eles detectaram que fazer o bloqueio anormal do gene acrescenta a dependência da célula na autofagia- para explicar melhor com o Kras impedido de agira ele começa a” comer a si mesmo” mais intensamente, fugindo da normalidade, em seguida, eles impedem a própria autofagia.

 “A autofagia é um processo no qual células do câncer reciclam materiais, em vez de se livrar deles. O que nós descobrimos foi que, se você bloquear o caminho mais importante para a energia — a glicólise — a célula cancerígena começa a sofrer e começa a autofagia. Assim, o câncer se torna mais dependente da autofagia e mais sensível ao inibidor dela.”, esclareceu Channing Der, um dos responsáveis pelo estudo.

As análises foram feitas em células de camundongo e em pacientes humanos, para o usos das duas drogas serão feitos em humanos, e assim ajustando os dois medicamentos, na Universidade do Texas.

Este artigo foi publicado originariamente no site- Ciência e Saúde, e foi reproduzido  adaptado por equipe do blog cantinho. Para mais detalhes, acesse o site.

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