A pergunta que temos que refletir é: será que não estamos mimando demais nossos pequenos? O quanto de carinho é dado nessa geração que não era nas gerações passadas? Será que é benéfico essa superproteção?

Eva Millet, autora de Hiperpaternidad, diz que já existem crianças que caem e não querem mais levantar – aguardando que alguém vá juntá-las do chão. Em alguns países, esse tipo de atitude enraizada no caráter da criança já começou a ser tema de discussão quando se fala em educação.

“Eu tive um menino de 19 anos que caiu aos prantos dizendo que eu o deixei em recuperação”, diz a professora Elvira Roca. “Eu disse a ele para que não fizesse um show por isso, então a mãe dele veio à escola dizer que eu havia humilhado seu filho. Tive que lhe responder que quem estava humilhando o filho era ela mesma”.

Mas como educar o caráter de uma criança? Segundo Alfonso Aguiló, escritor sobre Educação, a educação do caráter não tem nada a ver com dinheiro, mas sim com a cultura das famílias, com a forma de encarar a vida. “Conheci mães que limpavam escadas para que seus filhos pudessem usar tênis de marca”.

Você conhece algum pai ou mãe superprotetor, daqueles que não admitem que chamem a atenção de seus filhos? Pois é bom saber que nestes casos educar o caráter da criança está diretamente relacionado com o adulto que ela será no futuro. Precisamos criar as crianças para serem adultos, e não eternas crianças. Pense nisso.

Texto originalmente publicado em elclubdeloslibrosperdidos e adaptado pela equipe do blog Cantinho.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here