Miúda no tamanho, mas extrassensorialíssimas para o equilíbrio ambiental, as abelhas são eficazes para o método de polinização na natureza e por conseguinte, para a plantação de flores, frutos e alimentos. Acontece que, infelizmente existe um grande declínio na produção de abelhas no planeta inteiro, na cidade e no campo. O que ocorre, entretanto é que o uso de agrotóxico é o maior responsável pelo desaparecimento das abelhas, sendo que algumas espécies estão em uma lista como considerada extintas.

Uma boa nova na cidade paranaense é um novo projeto que pode transformar em solução esse problemão. Feito pelo agrocólogo Felipe Thiago de Jesus, ‘o Jardins do Mel’ atrairá mais as polinizadoras para os parques de Curitiba e educação ambiental para a população. “Nosso objetivo é que a cidade se torne referência de preservação de polinizadores e as pessoas sejam mais conscientes sobre o papel das abelhas em ser um elo na regulação do planeta.”, calculou Felipe ao Conexão Planeta.

Para tornar possível este sonho serão acomodados cinco Jardins do Mel nos parques da cidade. Em todos os seis jardins terá colmeias e material visual que gera conhecimento, compor meio de  textos e fotos, expondo cada uma das espécies encontradas no jardim. Estima-se que o projeto pretende colocar 90 caixas (colmeias) e em cada uma delas estarão “trabalhando” de 500 a 2.000 abelhas. As colmeias ficarão resguardadas (prevenindo destruição), contudo, ficarão abertas, e assim, os insetos poderão ir e vir para polinizar a mata nativa da região. “As abelhas voam em um raio de até 2 km”, elucida o idealizador do projeto.

O Jardim do Mel será lançado durante a primavera, entretanto no mês de junho, espera-se que a estrutura esteja finalizada. Entre os parques já aprovados para ganhar a inovação estão o Barigui, o Bosque Reinhard Maack, o Jardim Botânico, a Casa de Acantonamento (do Zoológico de Curitiba) e o Museu de História Natural Capão da Imbuia.

O projeto Jardins do Mel buscar ainda a educação ambiental junto às escolas públicas de Curitiba que ganharão material didático relacionado as abelhas e a relevância da preservação, compostagem e prática da agricultura orgânica, ou seja, todos assuntos que envolvem a conscientização de preservação dos polinizadores. E não acaba por aí, ainda terá uma peça de teatro com bonecos que irá correr pela cidade, oferecendo a informação para as crianças.

Existem 25 mil espécies de abelhas catalogadas no planeta. Destas, 88% tem hábitos solitários, ou seja, vivem sozinhas. As demais 12% são divididas em outros grupos, entre elas, as meliponídeas, abelhas nativas sem ferrão. No mundo todo, há 400 espécies de meliponídeas e 300 delas estão no Brasil. “Mas elas ainda são muito pouco conhecidas por aqui”, diz Felipe.

Para as pessoas que não moram em Curitiba, o Jardim do Mel apresentará um website e um aplicativo, que exibirão a moradas das colmeias e todas as informações disponíveis nos parques da cidade, que com toda certeza, em pouquíssimo tempo, permanecerão mais floridos graças às abelhas e na nova formação da ideia.

Este artigo foi publicado originariamente no site- Conexão Planta, e foi reproduzido adaptado por equipe do blog cantinho

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