Na educação, as mulheres foram  parte significante no que se refere a educação. Essa contribuição foi tão imensa que de acordo com o censo escolar 2018, feito pelo Inep, do ministério da educação(MEC), 80% dos 2,2 milhões de professores da educação básica são mulheres brasileiras.

Na educação superior existem também mais mulheres educadoras, mas ainda é maior o número de homens educadores. Com base no Censo da Educação Superior 2016, na rede privada quanto na rede pública, em meio os 397 mil docentes, as mulheres representam cerca de 45%.

Falaremos um pouco mais sobre : as 11 mulheres que mudaram a educação no mundo.

1. Marie Curie

ca. 1898 — Marie Curie — Image by © Underwood & Underwood/CORBIS

A pesquisadora polonesa Marie Curie (1867-1934) graduada em Matemática e Física, na Universidade de Sorbonne, na França. Junto a seu marido, Pierre Curie, foi a grande mentora pelo descobrimento dos elementos químicos Polônio (nomeado em homenagem ao seu país) e Rádio. A partir de então começaram as análises sobre Radioatividade.

Em 1903 foi merecedora do Prêmio Nobel de Física e, 8 anos após, o de Química. Ela foi ainda a primeira mulher a ganhar o Nobel, como também, a primeira pessoa a recebê-lo duas vezes.

Marie Curie atuou ainda como professora desde os seus 18 anos de idade, ministrava aula em uma instituição estimada ilegítima por contrariar as políticas de repressão atribuídas pelo Império Russo, cujo maior público se constituíam em mulheres proibidas de estudar.

2. Anne Sullivan

A docente americana, existiu entre 1866 e 1936, ficou cega quando criança. Aos 20 anos, após finalizar os estudos, foi inserida para atuar como professora particular e em período integral de Helen Keller, que, contando com o auxílio de Sullivan, foi considerada a primeira pessoa cega e surda a se formar como bacharel na história, sua formação foi Filosofia.

Utilizando o tato foi que Sullivan ensinou a menina a distinguir objetos e associá-los a palavras. Do mesmo modo, Keller se tornou fluente em inglês, francês e alemão, e ficou proficiente em braile e em linguagem de sinais na palma da mão. A linda história foi para o teatro e, em seguida, um lindo filme “O Milagre de Anne Sullivan”.

3. Hannah Arendt

Hannah Arendt (1906-1975) de origem alemã e judia e, devido ao regime nazista, saiu do país , e foi para a França e, em seguida, para os Estados Unidos, onde continuou apátrida até se naturalizar americana, em 1951.

Famosa por ser uma filosofa, quando publicou a obra “As Origens do Totalitarismo”, na qual avalia as formas totalitárias de poder e a banalização do terror.  A escritora ainda considerou a educação na época nos textos “A Crise na Educação” e “Reflexões sobre Little Rock”.

4. Maria Montessori

Maria foi a mulher primeira em diplomar-se em Medicina na Itália, mas não exerceu a função por ser impedida de avaliar homens. Depois disso, começou os estudos do aprendizado de crianças. O seu método educacional, que possui seu nome (Montessori), serve como subsídios na educacionais até os dias atuais e é usado nas escolas públicas e privadas mundialmente.

No ano de 1907 ela designou a primeira “Casa dei Bambini”, onde cultivava a ideia de “educação para a vida” e a formação integral dos sujeitos.

Para ela, as crianças são aptas para administrar seu próprio aprendizado, de maneira que sua inteligência se desenvolve automaticamente em seu ritmo individual.  Assim sendo, o professor é apenas um condutor que direciona esse processo, por essa razão a pedagogia foi implantada no movimento da Nova Escola.

5. Emília Ferreiro

Emília foi psicóloga e pedagoga argentina, radicada no México, avaliou e descobriu os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever. Tal descoberta foi histórica e revolucionária, mudando a forma de trabalhar e pensar em alfabetização, foi então que ressignificou a forma de educação brasileira nos anos de 1990.

Emília concluiu o doutorado na Universidade de Genebra, orientada pelo biólogo Jean Piaget, e focalizou seus cursos em investigações com ênfase na escrita e no construtivismo. No ano de 1979, em companhia com a pedagoga espanhola Ana Teberosky, publicou o livro “Psicogênese da Língua Escrita”. Seus pensamentos proporcionaram grande influência tanto os educadores brasileiros que os Parâmetros Curriculares Nacionais foram inspirados em seus estudos.

6. Mariazinha Fusari

A arte-educadora Maria Felisminda de Rezende e Fusari foi co-fundadora do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), da Universidade de São Paulo (USP) e, através de suas análises a respeito da analogia entre mídia e infância, contribuiu para o aumento do diálogo no meio da comunicação e da educação. Até os dias atuais, Fusari é considerada como um dos principais nomes da Educomunicação no Brasil.

7. Dorina Nowill

Dorina Nowill (1919-2009) teve perda de visão quando completou 17 anos, entretanto tornou-se a primeira estudante cega a cursar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, no centro de São Paulo. Na mesma instituição, formou-se como professora, e concluiu pós graduação em educação de cegos na Universidade de Columbia, em Nova York.

Dorina administrou a “Campanha Nacional de Educação de Cegos”, do MEC, que inventou os derradeiros empregos de educação de cegos no país. E ainda foi encarregada por liderar lutas em questão de vagas de trabalho para pessoas com deficiência visual.

8. Êda Luiz

 “Dona Êda”, como era chamada, exerceu função de coordenadora pedagógica do Centro de Integração de Jovens e Adultos (Cieja) do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. Durante sua gestão, a instituição e tem influência na escola aberta e acolhedora para os excluídos em algum momento na vida, acendendo, o sentido e modelo de escola democrática.

O projeto educacional tornou-se uma referência nacional com seu modelo de educação, significando o seu mérito como “Escola de Educação Transformadora para o Século XXI”, em 2017, pela UNESCO – sendo então das duas excepcionais escolas no Brasil a ganhar esse título.

9. Maria Teresa Mantoan

A pedagoga nascida no Brasil, aplicou-se às áreas de pesquisa, docência e extensão na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um importante figura na luta pelo direito incondicional de todas as pessoas a ter o direito ao acesso e à educação escolar de nível básico e superior de ensino.

Oficial na Ordem Nacional do Mérito Educacional no Grau de Cavaleiro, ganhou mérito no que se refere à função de grande atuação à educação no Brasil.

10. Jaqueline Moll

Jaqueline é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem graduação em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Erechim (1986), especializou-se em Alfabetização pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC /RS), especialização em Educação Popular pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), mestrado em Educação pela PUC/ RS e doutorado em Educação pela UFRGS. E concluiu parte dos estudos na Universidade de Barcelona.

 11. Magda Soares

Magda Soares é professora emérita da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), investigadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), e um tem seu nome mencionado no ramo de alfabetização e letramento, com evidência em ensino-aprendizagem.

Magda trabalha há sete anos como conselheira da rede municipal de ensino em Lagoa Santa, Minas Gerais, onde desempenha uma colocação ligada à formação de professores da rede pública.

Este artigo foi publicado originariamente no site- ciências Nauta, e foi reproduzido adaptado por equipe do blog cantinho.

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