“Essas novas descobertas indicam que uma vacina eficaz contra o zika pode aumentar as respostas imunes ao vírus da dengue e gerar anticorpos neutralizantes potentes para o zika..”

A nova análise do estudo feito por cientistas do Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed dos Estados Unidos (WRAIR) revelou pela primeira vez  que basta somente uma dose de uma vacina , ainda em fase de teste, para aumentar a imunidade preexistente ao flavivírus e dar as respostas benfeitoras de anticorpos neutralizadores que cruzou contra o zika e o vírus da dengue, divulgado na segunda-feira na revista ‘Nature Medicine’.

Os cientistas fizeram as análises das respostas de anticorpos de um voluntário com apresentação prévia ao vírus da dengue e que foi participante de um estudo clínico de fase 1 da vacina contra o vírus inativado purificado por zika, feita pela WRAIR. Os especialistas criaram um poderoso anticorpo de efeito cruzado chamado MZ4 que apresentou eficácia em paralisar o vírus Zika e a cepa de serotipo-2 do vírus da dengue. E ainda, o MZ4 resguardou contra o zika e a dengue em um modelo de infecção por camundongo.

“São necessárias medidas preventivas de início rápido para proteger militares, viajantes e residentes em áreas onde infecções emergentes como o vírus Zika e o vírus da dengue já estão generalizadas e em expansão”, fala o Dr. Kayvon Modjarrad, que dirige o programa da vacina o zika do exército dos Estados Unidos, da divisão de doenças infecciosas emergentes da WRAIR e um dos principais autores do artigo.

“Esses resultados demonstram o potencial do MZ4 de fazer parte da caixa de ferramentas de prevenção para essas doenças”, argumenta ele.

O perfil imunológico do sujeito foi comparado com os voluntários que não tiveram exposição prévia ao vírus da dengue. Apesar da pessoa com exposição prévia à dengue apresente um acréscimo acentuado de anticorpos que neutralizam o vírus Zika e o vírus da dengue, posteriormente somente uma dose da vacina ZPIV, os participadores sem tratamento prévio necessitaram de 2 vacinas para alcançar uma magnitude respostas de anticorpos semelhantes contra o zika. Assim mesmo, não teve resposta de anticorpos de reação cruzada ao vírus da dengue.

“Essas novas descobertas indicam que uma vacina eficaz contra o zika pode aumentar as respostas imunes ao vírus da dengue e gerar anticorpos neutralizantes potentes para o zika que podem ter um potencial único como ferramenta de prevenção em regiões onde a dengue e o zika prevalecem”. conta o Dr. Shelly Krebs, pesquisador de células B da WRAIR e principal autor do artigo.

Os pesquisadores da WRAIR acharam que a vacinação com ZPIV em pessoas porto-riquenhos com experiência anterior em flavivírus produzia uma potência de neutralização cruzada semelhante depois de somente uma vacinação, destacando potencialidade benéfica da vacinação contra o ZIKV em áreas endêmicas do flavivírus.

As contaminações assintomáticas por zika podem induzir a deformidades congênitos graves e complicações neurológicas. O candidato à vacina ZPIV foi desenvolvido pela WRAIR baseando-se na mesma linha de tecnologia de vacina inativada contra flavivírus utilizada no Instituto para designar sua vacina contra encefalite japonesa, que foi permitida nos Estados Unidos em 2009.

Os Três exames clínicos de fase 1 em pessoas despontaram que o ZPIV é seguro e bem aceitado em adultos saudáveis ​​e que levou um retorno imune robusta. O trabalho da WRAIR sobre a ZRA permanece pelo Departamento de Doenças Infecciosas Emergentes.

Este artigo foi publicado originariamente no site- Investigação e Progresso, e foi reproduzido adaptado por equipe do blog cantinho

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here