O ser humano naturalmente se importa uns com os outros. Somos seres egoístas que se preocupam com a própria imagem e acabam agindo conforme aquilo que queremos mostrar para o mundo. E o problema disso tudo é que acabamos perdendo a nossa própria essência ao tentar ser para os outros aquilo que eles querem de nós.

É bastante comum que as pessoas modifiquem comportamentos para se encaixar em algum padrão. Você provavelmente consegue se lembrar de pelo menos algum momento em que se esforçou para ser aceito em determinado local ou grupo, deixando de lado suas preferências e seus pensamentos para mostrar aos demais que era digno de estar ali, naquele momento.

Mas você já parou pra se questionar sobre o quanto você está deixando de ser você mesmo nessas horas? E o quanto você pode estar perdendo ao esconder sua personalidade dessa forma?

A Dra. Kristin Neff, professora e pesquisadora da Universidade do Texas, dirige uma pesquisa sobre o Amor-Próprio. Segundo ela,  o amor próprio é composto de três elementos: generosidade consigo mesmo, humildade e consciência. Ela definiu em seu livro “Autocompaixão: pare de se torturar e deixe a insegurança para trás” cada um desses elementos:

Generosidade consigo mesmo: Dedicar amor e compreensão a si mesmo quando você sofre, falha ou se sente inadequado, em vez de ignorar a própria dor ou se autoflagelar com críticas.

Humildade: Esse sentimento reconhece que o sofrimento e as ideias de inadequação pessoal fazem parte da experiência humana em geral – algo por que todos passam, e não uma coisa que acontece somente a você.

Consciência equilibrada: Abordar as emoções negativas com equilíbrio para que os sentimentos não sejam sufocados nem exagerados. Não podemos ignorar nossa dor e sentir compaixão por ela ao mesmo tempo. Para alcançarmos essa consciência equilibrada não devemos nos identificar demais com os pensamentos e os sentimentos, para não sermos capturados e arrebatados pela negatividade.

O AMOR-PRÓPRIO EM SOCIEDADE

A importância de entender você mesmo e aceitá-lo como é se torna fundamental nesse contexto de amor próprio em sociedade. Se tornar outra pessoa para agradar aos outros não está certo! Melhorar seus defeitos e potencializar suas qualidades para ser simpático, respeitoso e educado é muito diferente de passar por cima dos seus valores e convicções para se encaixar.

Todos nós temos valor. Somos diferentes uns dos outros, mas somos o bastante. Quando você entender que não precisa mudar sua essência para chegar onde quer chegar você entenderá que sujeitar seu valor à aprovação dos outros é um erro.

Reflita sobre si mesmo, verifique o que vale a pena mudar e o que apenas tira seu direito de ser quem você é. Aprenda a valorizar sua personalidade e se mostrar aos outros com toda a vulnerabilidade possível. Você verá que os resultados serão mais satisfatórios, tornando-se uma pessoa muito mais feliz e plena.

Texto por Ana Paula Almeida

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