“Diga oi para sua tia” Dê um beijo no vovô! Não seja rude!”. Quantas vezes ouvimos essa frase quando criança e fomos obrigados a cumprir as ordens da mãe para nosso desgosto? Por que você acha que deveria, então, fazer o mesmo com seus filhos?

Irene Van Der Zande é cofundadora e CEO da Kidpower Teenpower Fullpower Interntional e comentou sobre o assunto:

“Quando forçamos as crianças a se submeterem a afeições indesejadas para evitar ofender um familiar ou ferir os sentimentos de um amigo, ensinamos a elas que seus corpos não pertencem a elas, porque elas têm que deixar de lado seus próprios sentimentos sobre o assunto”.

E não é uma realidade? Quando obrigamos as crianças a dar beijos e abraços quando não querem, deixamos as mesmas vulneráveis a pedófilos, que são, em sua maioria, conhecidos. E isso não somos nós quem dizemos, e sim a Ursula Wagner, especialista em saúde mental.

Mas e será que não estamos criando elas de forma a deixa-las mimadas e arrogantes? A resposta é não. Pois veja bem, uma criança pode dar olá com um sorriso, um aceno de mão, um soquinho no braço, enfim… de várias formas diferentes de abraços e beijos lambuzados.

Vinka Jakson é autora do livro para crianças “Meu corpo é um presente” e ela diz que obrigar a criança a dar beijos e abraços não é, necessariamente, um estímulo ao abuso, mas sim dar a entender que elas não têm direitos e liberdade de escolha em relação à si mesmas e a seus próprios corpos.

O que você acha de começarmos a respeitar mais os nossos pequenos nas suas decisões sobre o próprio corpo? É importante aprendermos cada vez mais formas diferentes de ensiná-los a serem sociáveis, sem expor eles à pessoas que eles não gostam. Pense nisso!

Texto originalmente publicado em elclubdeloslibrosperdidos e adaptado pela equipe do blog Cantinho.

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