Quando se vai a tempestade, abordam as flores. Nessa região, considerada uma das mais secas do planeta e que acontece a cada cinco anos, um fenômeno climático único.
“Escutai o som quebradiço do sal vivo, só nas salinas; o sol quebra os seus vidros na extensão vazia e agoniza a terra como um seco e afogado ruído do sal que geme”. Os versos de Pablo Neruda expondo o deserto de Atacama e que retrata o lugar mais árido do mundo. O que causa, este calar vazio, que retrata o grande poeta chileno, reformulando-se em um tapete de flores, devido este fenômeno climático que acontece após de uma tempestade perfeita. Sua perfeição incide por causa vários fatores climáticos que não ocorrem todos os anos.
PARA ALÉM DAS FLORES
Se durante o ano não foi com chuvas, o Atacama perdura com seus recursos Junto à costa onde podem ser visitas nos locais de Totoral, Travesía, Carrizal Bajo e arredores de Puerto de Huasco. Sendo uma ótima opção para os anos em que as flores são mais raras.
As temperaturas parecem ser de maneira especial baixas (sem chegar à formação de geadas) e as chuvas de modo único mais frequentes. Isso acontece porque o fenômeno do El Niño modifica os padrões tradicionais das precipitações. E neste momento que suas sementes e os bulbos que ficam enterrados contam com a umidade satisfatória para assim florescer. Concentradas, possuem a capacidade de suportar muitos anos e anos até que encontrem a oportunidade. Uns sobreviventes ajustados em um ambiente tormentoso.
Dos mais de 75 mil km2 da região de Atacama, o fenômeno do deserto florido acontece na zona costeira, aproximadamente de 800 km de Santiago, a capital chilena. Tornando assim, este tapete natural legitimamente exclusivo e lindo tendo como fato que somente floresce a cada 5 anos ou 6. Sendo uma das elementares referências de floração no Atacama data do ano de 1840, quando o naturalista Claudio Gay viajou até norte para contemplar este espetáculo, repetindo assim a viagem que realizou em 1831, mas com menos sucesso.
Sementes a salvo
Neste lugar é aconselhado usar filtro solar , seguir pelos caminhos marcados, não se deve pegar na plantação, não jogar lixo e não andar as pradarias de automóvel. Neste lugar impera a preservação para causar o menor impacto humano aceitável nesta zona que, no planeta, esconde um imenso tesouro: as suas sementes.
Durante o século XXI, a disposição deste incrível fenômeno tem enfraquecido para estações de letargia de dois ou três anos, porém sua floração de 2015 se tornou uma das mais impressionantes.
Notadamente em zonas chegadas à autoestrada 5, próximo de Llanos de Castilla e Pajaritos. Assim, entre os meses de setembro e novembro veremos que a areia dar lugar para suas lindas flores , com tons cor-de-rosa, violetas e amarelas. totalizando, existem 200 classes vegetais: Añañucas vermelhas (Rhodophiala rhodolirion), Bons-dias (Calystegia sepium), Huillis (Leucocoryne), Garras de leão (Leontochir ovallei), Malvillas (Cristaria calderana)… e todas essas espécies são atrativas de uma grande quantidade de fauna que, que em outras altitudes não contam com disposições de desenvolver. Répteis, aves e insetos compartilham o habitat com as casuais flores do deserto.
Nos meses mais quentes a temperatura pode atingir 45º em Atacama.
Além da zona costeira – especialmente florida – de Atacama, o lindo deserto chileno ainda dispõe de outro colorido por todo o ano. E não apresentam pausa e nem letargias. O afronte que ocorre entre as diferentes cores dos minerais da região tem caracterizado o Atacama o nome muito adequado “deserto das cores”. Uma linda e bela paisagem.
Seu admirável tom verde do óxido de cobre, o branco do carbonato de cálcio e o vermelho da argila. Que constitui uma combinação de cores com o fenómeno do deserto florido, mesmo que aconteça somente de cinco em cinco anos.
Este artigo foi publicado originariamente no Passageiro 6A, e foi reproduzido adaptado por equipe do site cantinho