Saiba como plantar pitaya
O nome pitaya possui origem espanhola e é um nome designado aos frutos de diferentes tipos de cactos. A palavra pitaya significa fruto de escamas, conforme o especialista em Agricultura Orgânica Thiago Tadeu Campos.
Existem inúmeras espécies de pitayas e no ano de 2002 cientistas brasileiros descreveram espécies da fruta naturais do país que são encontradas em regiões arenosas do Cerrado ou em Restingas na Bahia e Rio de Janeiro.
A fruta ficou conhecida mais recentemente entre os brasileiros, porém ela é típica do México e muito consumida pelos asiáticos. Chamada também de Fruta Dragão, devido à sua semelhança aos míticos ovos de dragões, com escamas e cores chamativas, a pitaya ganhou o coração brasileiro e atualmente é a queridinha do momento, sendo consumida in natura e também por meio do seu creme congelado.
A pitaya é uma planta rústica e resistente sendo ideal para quem está começando a praticar a agricultura orgânica, urbana ou rural.
Como plantar?
A pitaya é uma planta muito versátil, podendo ser plantada tanto em canteiros grandes e espaços abertos, quanto em vasos domésticos e estruturas tipo samambaia. Esta planta não exige muitos cuidados relacionadas ao manejo, sendo uma ótima opção para cultivar em casa com crianças ou para quem tem pouco tempo livre, mas quer ter uma linda planta.
Realizar o plantio da pitaya em vasos é possível, além de ser uma opção prática. Além disso, os vasos podem ser colocados no chão ou pendurados nas paredes. A planta se adapta fácil e pode crescer como uma árvore, para cima, ou no estilo samambaia, para baixo.
A pitaya é uma planta com grande potencial ornamental, pois possui flores grandes e chamativas, com diâmetro médio de 20 cm; caules articulados e angulosos e frutos coloridos de aparência exótica.
Como fazer as mudas?
Primeiramente, você precisa aprender a plantar pitaya orgânica. Para isso, escola uma das duas formas de obtenção de mudas:
Por sementes
Retire as sementes de frutas maduras, separe-as, lave-as em água corrente e imediatamente semeie-as. As sementeiras precisam ter areia lavada ou substrato específico para produção e propagação de mudas. As semente iniciam a germinação 8 ou 12 dias após o plantio. Neste processo, a rega precisa ser diária e moderada, sem encharcar o substrato.
Depois de surgirem as mudas, o intervalo de rega aumenta, já que as mudas apodrecem com facilidade. Após 5 meses, realize o transplantio. Escolha as plantas mais vistosas que possuem entre 15 a 20 cm de altura e plante-as em vasos com profundidade mínima de 40 cm, com solo bem drenado, mais leve.
Coloque estacas
Tire as estacas de plantas adultas produtivas, selecione uma “planta mãe” saudável e que produza frutos de qualidade. Na retirada das estacas, respeite as articulações características da planta, pois será deste espaço que vão surgir as raízes de sua nova planta.
Plante as estacas em recipientes escuros, com solo fértil e bem drenado. Realize a rega diariamente e com moderação nos primeiros 30 dias. Após este período, as mudas terão a quantidade de raiz necessária para permitir o transplantio.
Clima ideal
Por se um tipo de cacto e por ter como origem regiões tropicais, a pitaya possui forte resistência ao calor, dessa forma, a temperatura ideal para cultivar pitaya está entre 18°C e 26°C, com baixa umidade do ar. Em regiões frias, é preciso cultivar pitaya em estufas, onde seja monitorado a temperatura e incidência de luz nas plantas.
Iluminação
A pitaya necessita da exposição direta do sol durante pelo menos 10 horas por dia. Se for plantar para o cultivo doméstico, especialmente no interior da casa, é necessário manter o vaso em regiões que a planta receba luz direta do sol para que consiga realizar fotossíntese, caso contrário, ela não conseguirá se desenvolver corretamente. As folhas desta planta e seu caule são responsáveis pela fotossíntese, por isso precisa de luz direta nesta estrutura.
Solo
Esta planta necessita de um solo com baixo nível de retenção de água, afinal, ela é uma planta de regiões secas. A pitaya precisa de um solo mais leve, ou seja, com um pouco mais de areia. Porém, isso não quer dizer que seja um solo pobre, pelo contrário, o solo fértil permitirá que a planta se desenvolva com saúde e vigor. O pH do solo deve se manter entre 6 e 7. Em caso de solos pobres, é recomendado o uso de adubos orgânicos, como por exemplo, cascas de ovos, que enriquece com cálcio.
Irrigação
A irrigação é essencial para quem deseja plantar pitaya orgânica dentro ou fora de casa. Em plantações de pitaya é preciso checar a umidade do solo sempre que possível, certificando de que ele não está encharcado e irrigando conforme a necessidade desta planta. Em média, a planta adulta deve ser regada duas ou três vezes por semana, acima dessa quantidade pode ser danoso para a planta, já que ela não está adaptada ao excesso de água em seu habitat e possibilita o aparecimento de doenças que apodrecem a planta.
Floração e frutificação
A floração ocorre entre 8 e 12 horas e só ocorre durante a noite, sendo um espetáculo para aqueles que realmente entendem do desenvolvimento da planta. Porém, a pitaya orgânica é uma planta que oferece uma grande quantidade de frutos em aproximadamente três safras anuais.
Por possuir frutos grandes e pesados, a pitaya acaba puxando os galhos para baixo, facilitando o manejo e agindo como uma incrível decoração para áreas abertas e jardins de inverno.
Tratos culturais
Porém, para que a planta não cresça e desmorone com o peso dos frutos, é preciso guiar o seu crescimento através do uso de estacas e amarras. Esse processo pode ser feito quando a planta atingir mais ou menos 1m de altura. Nessa etapa, o uso de varas de bambu é fundamental para apoiar e sustentar esta planta.
Colheita
A colheita desta planta deve ser feito com delicadeza, pois, depois de ser colhida, a fruta não continua com o processo de amadurecimento. Sendo assim, é preciso estar muito atento à fruta antes de colher. Uma boa forma de você o amadurecimento está na casca da fruta. Se a casca estiver vermelha ou rosa em tonalidades vibrantes, certamente a pitaya estará pronta madura.
Fonte: ciclovivo